EUA/ Juíza encerra casos contra Trump
(ANG) – A juíza Tanya Chutkan validou esta segunda-feira, 25 de novembro, o fim do processo contra Donald Trump por tentativas ilegais de reverter os resultados das eleições de 2020. Horas antes, o procurador especial tinha recomendado o arquivamento destes processos. A decisão foi recebida pelo campo republicano como uma “grande vitória”.
Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos entre 2017 e 2021, era acusado no Distrito de Columbia pelas tentativas de reverter os resultados das eleições presidenciais, que perdeu em 2020 para o democrata Joe Biden, e por ter alegadamente instigado o assalto ao Capitólio, ocorrido em 6 de Janeiro de 2021.
Ontem, o procurador Jack Smith pediu o arquivamento do caso do assalto ao capitólio, a cargo do tribunal federal do Distrito de Colômbia, sublinhando que Donald Trump ganhou as eleições e que a Constituição impede o Departamento de Justiça de avançar com acusações criminais contra um Presidente em exercício.
No caso dos documentos confidenciais da Florida, Jack Smith usou o mesmo argumento para abandonar o recurso da decisão da juíza federal Aileen Cannon, anulando o processo. Todavia, o procurador especial mantém, o apelo relativamente aos dois assistentes pessoais de Donald Trump na propriedade em Mar-a-Lago.
A juíza federal Tanya Chutkan seguiu as recomendações feitas pelo procurador especial, validando o fim da acusação por tentativas ilegais de anular o resultado das eleições de 2020. Ainda assim, no primeiro caso, em Washington, a juíza Tanya Chutkan validou o pedido de Jack Smith para cancelar o processo, sem, no entanto, impedir que seja reaberto no final do mandato de Donald Trump, de 78 anos.
A acusação enfrentou muitas dificuldades no avanço de ambos os casos desde que o Supremo Tribunal, com uma maioria conservadora, decidiu em julho que os antigos presidentes do país gozavam de uma ampla imunidade de acusação.
Desde a eleição de 5 de Novembro, Donald Trump, que deverá tomar posse a 20 de Janeiro, parecia estar seguro de escapar a estes dois procedimentos judiciais – a interferência eleitoral em 2020 e a retenção de documentos confidenciais após a saída da Casa Branca.
A equipa de campanha de Donald Trump saudou imediatamente uma “grande vitória do Estado de direito”, denunciando mais uma vez a “exploração política do sistema judicial”.ANG/RFI