Líder do PAIGC diz ser “uma encomenda” a reabertura do processo sobre resgate financeiro pela PGR
(ANG) – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau (PAIGC), disse hoje ser uma “encomendada”. a decisão do Procurador Geral da República (PGR), de reabrir o processo sobre resgate financeiro que envolvia o antigo ministro das finanças,Geraldo Martins.
Domingos Simões Pereira proferiu estas afirmações numa conferência de imprensa em que reagiu sobre os últimos acontecimentos sócio-politico do país com ênfase na conferência de imprensa do Procurador Geral da República, Bacar Biai, de quem diz que fez o que fez se calhar para o ameaçar, intimidar e de alguma forma impedir o seu regresso ao país.
Aquele dirigente político sublinhou que, ao seu ver, a comunicação do Procurador Geral da República falhou em não assegurar ao povo guineense que estava a falar de uma forma livre sem qualquer tipo de coação.
“As declarações de Bacar Biai pareceram ser uma encomenda e o que fica subjacente é que à partir de várias situações que vão criando se pode constituir um processo que eventualmente amanhã poderá dar lugar a determinados impedimentos políticos”, afirmou.
Domingos Simões Pereira salientou que esses temas têm a ver com a questão do resgate financeiro com “muitas inverdades”.
“Na declaração do PGR, num primeiro momento, mencionou-me como testemunho, e depois disse que estranhou o facto de não haver processo contra Domingos Simões Pereira”, frisou.
O líder do PAIGC acrescenta: “daí que o processo principal foi arquivado por não existir provas de que eu teria cometido crime, e depois surge um outro processo em que apareço como suspeito”.
E num segundo momento, de acordo com Simões Pereira, o PGR enfatizou que sendo ele(DSP) a dar instruções ao então ministro das Finanças Geraldo Martins isso configuraria um crime.
De acordo com o também Presidente da Assembleia Nacional Popular, num terceiro momento, o PGR mencionou vários cheques que sairam do Tesouro Público deixando entender que ele, de alguma forma, teria beneficiado desse movimento de chegues, tendo afirmado que estranhou que os privados que tinham sido objectos do resgate continuarem com as suas dívidas pendentes nos bancos.
Pereira disse que nunca o Governo pretendeu substituir os bancos, ediz que, o que foi feito é adotar esses privados de alguma almofada financeira para poderem continuar as suas operações e delatar os prazos de pagamento em relação aos movimentos de chegues do Tesouro Público.
Segundo o politico, se o Tesouro Público foi lesado neste processo gostaria de saber o que é que o PGR está a fazer para corrigir este erro.
“Quando o resgaste se efectivou eu já não estava como Chefe do Governo, por isso, se não é uma encomenda, seria uma tentativa de me associar a este caso” ,disse.
E sobe os seis bilhões de francos CFA, Domingos Simões Pereira disse que, a única coisa que pode dizer é que três 3 dos seis bilhões foram para um conselheiro do Chefe de Estado, que não identificou, e 1,2 bilhões foram para um empresário e é desse montante foi feito o pagamento dos valores que o Presidente da República anunciou que deu 400 milhões de francos CfA à um partido, e 300 milhões de fcfa à outro.
“Dos seis bilhões do que se fala 4.2 bilhões foram parar muito próximo de Sissoco Embaló”, afirmou DSP.
O político sublinhou que, por isso, considera o facto de estranho, salientando que fez a Conferência de Imprensa para alertar a opinião pública nacional e internacional para não perder o foco sobre os assuntos essenciais que para ele, são a vinda de um avião carregado de drogas ainda no aeroporto.
“E já estarmos a consumir os últimos cinco meses de mandato do Chefe de Estado sem que ele marca a data das eleições presidenciais”, destacou o coordenador da Coligação PAI-Terra Ranca, vencedor das legislativas passadas.
Disse que continua-se a assistir os assaltos as instituições, casos do Supremo Tribunal de Justiça e da Assembleia Nacional Popular, e não se sabe qual será o proximo passo.ANG/MSC/ÂC//SG