Líder do parlamento e do PAIGC regressa ao país após sete meses no exterior
(ANG) – O líder do parlamento guineense e do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), regressou no Domingo ao país, após sete meses no exterior.
Abordado pela DW-África sobre o porquê que acha que estão reunidas as condições para regressar ao país, Domingos Simões Pereira disse que, nunca abandonou o país por outras razões que não fossem a necessidade de poder cumprir outra missão.
“É verdade que na altura colocou-se o problema da segurança, porque elementos legalmente constituídos para poder garantir a minha segurança e da instituição que dirijo foram retirados e portanto podia-se falar dessa questão da segurança”, disse
O líder do parlamento dissolvido, afirma que, a principal motivação para saír do país, era compreender que não havia condições no país de continuar a desenvolver missões no sentido dos parceiros internacionais poderem compreender qual é a realidade política que se vive no país.
“Eu saí, e durante estes sete meses tentei na medida da minha capacidade e competência desenvolver essa missão e acho que essa missão está concluída e como anunciei, há cerca de mês e meio, e acho que neste momento sou necessário no país para retomar as minhas funções e responsabilidades e poder cumprir com a minhas responsablidades”, salientou.
Perguntado se voltou ao país e não teme que possa ser detido em Bissau tendo em conta que há poucos meses o Ministério Público pediu o levantamento de sua imunidade, o líder do PAIGC respondeu que não raciocina nestes termos, frisando que, no memento em que o Estado de Direito é posto em causa, e o que prevalecem são as ordens superiores, nenhum cidadão pode sentir-se em segurança
“Mas isso não me preocupa, a mim eu estaria muito preocupado se houvesse razão para eu temer algo e se eu tiver feito algo que configurasse algum crime e nesta altira eu devia estar preocupado, mas eu não temo nada e, de facto, não devo rigorosamente nada ”, sublinhou.
Domingos Simões Pereira disse por outro lado que é caricato continuar a falar de um processo, no qual ele foi citado como testemunha em que o acusado é absolvido e há uma certidão de arquivamento do processo e agora é o testemunha que pode ser objecto de um processo por parte do Procurador Geral da República.
“Mas como disse no início não quero nem alimentar essa questão e estou somente a responder esta questão porque de facto tenho recebido muitas chamadas de muitos guineenses que estão preocupados com essa situação”, disse.
Adiantou que a sua resposta em termos de consciência e de factos, ele está absolutamente a vontade e a apartir daí quando as outras forças pretendem intervir, irá deixará isso para as suas considerações.
“Até a prova em contrária eu continuo a ser o Presidente da Assembleia Nacional Popular investido de um conjunto de competências que eu espero sejam respeitadas e caso contrário será mais uma evidência do tal falhanço da estrututa que dirige o país neste momento”, afirmou.
Perguntado sobre na qualidade de líder do parlamento, como vê apreensão de um jato com carregamento de drogas, Domingos Simões Pereira respondeu que era uma situação que deve preocupar a todos os cidadãos guineenses e não só os políticos, que sentem de alguma forma confrontados com essa realidade.
“Eu não quero fazer qualquer juizo de valor porque devia simplesmente estando a Assembleia Nacional Popular em pleno funcionamento, seria um tema a ser tratado para se encontrar respostas institucionais ao combate desse flagelo”, salientou.ANG/DW-África