
Ministro Herry Mané defende união de todos os intervenientes no sector de ensino para salvaguarda da coesão social

(ANG) – O ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, disse hoje que o sistema do ensino guineense continua aberto, sólido e flexível para acolher todas as ferramentas importantes para manter a coesão social no país
Herry Mané que falava na cerimónia de Lançamento da proposta de composição do Comité de Pilotagem do Projeto de Coesão Social no sector educativo guineense, em parceira com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) reconheceu que sem a coesão social o setor da educação vai continuar a funcionar com as dificuldades de sempre.
O governante convidou as associações dos pais e de alunos, os sindicatos e todas as organizações ligadas ao setor educativo para se juntarem a este projeto, com o propósito de implementar o reforço da coesão social no país.
Por sua vez, a Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau, disse que a Comitê de Pilotagem do referido projecto, a ser criado, servirá como reforço da coesão social na Guiné-Bissau, através do alinhamento e integração das escolas religiosas com o sistema educativo nacional, implementado pelo UNICEF e UNESCO, em estreita colaboração com o Ministério da Educação, e financiado pelo Fundo Das Nações Unidas para Consolidação da Paz.
Geneviêve Boutin disse que a iniciativa marca início de uma promissora jornada em direção a uma educação mais inclusiva, equitativa e sustentável para a paz no país.
“O baixo nível de escolaridade continua a ser um grande obstáculo para o desenvolvimento do capital humano na Guiné-Bissau, apesar dos avanços no acesso à educação de base nas últimas décadas, porque uma proporção considerável de crianças ainda está fora do sistema, “ referiu.
Segundo Geneviêve Boutin , quase um terço das crianças de 6 à 11 anos nunca frequentaram a escola e a educação básica universal ainda está longe de ser uma realidade.
Acrescentou que as taxas de conclusão do ensino primário permanecem baixas com uma média de 27 por cento.
Boutin sublinhou que essa “exclusão educativa” tem contribuído para o aprofundamento das desigualdades sociais, para a marginalização das comunidades inteiras e em alguns casos, para as práticas que violam os direitos fundamentais das crianças, nomeadamente a mendicidade forçada e o tráfico infantil.
Boutin, advoga que esta situação requer medidas urgentes e estruturais para uma verdadeira transformação na Guiné-Bissau.
“Toda a criança, independentemente da religião, ser urbano, da zona rural, de uma família muçulmana, cristã ou de qualquer outra fé, tem o direito de aprender, de sonhar e de contribuir para o futuro do seu país”, disse.
O segundo encontro dos intervenientes no sector do ensino deverá indigitar o coordenador do projeto. ANG/JD/ÂC//SG