Moçambique/ Venâncio Mondlane promete tomar posse a 15 de janeiro de 2025
(ANG) – O candidato presidencial suportado pelo partido PODEMOS, vai tomar posse como o quinto presidente eleito da República, a 15 de janeiro de 2025.
O anúncio foi feito pelo próprio, Venâncio Mondlane, numa altura em que se reforçaram as medidas de protesto contra os resultados que dão a vitória à Frelimo e ao seu candidato presidencial, Daniel Chapo, nas eleições gerais de 9 de Outubro.
Foi numa transmissão na sua página Facebook que Venâncio Mondlane reafirmou a sua vitória nas eleições gerais de 09 de Outubro declarando que“no dia 15 de janeiro de 2025 vou tomar posse, o quinto presidente eleito de Moçambique, presidente candidato do povo” .
Venâncio Mondlane promotor das manifestações pela verdade eleitoral anunciou uma série de medidas como a suspensão de pagamento de portagens, encerramento de explorações mineiras , assim como reforçou a necessidade de boicote das festas de natal e de fim de ano. O candidato indicou que “o natal será na rua, final de ano será na rua, na estrada. Onde vamos ter a nossa verdadeira festa vai ser no dia 15 de Janeiro de 2025. Preparam-se todos”.
Os moçambicanos aguardam com expectativa, a proclamação e validação até ao dia 23 destes mês de Dezembro, dos resultados das eleições gerais de 09 de Outubro pelo Conselho Constitucional.
Venâncio Mondlane convocou hoje uma nova onda de protestos para esta quarta, quinta e sexta-feira com ordem de paralização total das 11 capitais provinciais.
O candidato presidencial suportado pelo partido extraparlamentar Podemos garante que a luta pela reposição da verdade eleitoral vai continuar e considera que não se trata de um actos de vandalismo, mas de uma causa cidadã.
Com as principais vias de acesso ao centro da cidade de Maputo bloqueadas, assim como vários troços da estrada nacional Número 1 que liga Moçambique de norte a sul com circulação condicionada, o candidato presidencial Venâncio Mondlane que rejeita os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro anunciados pela Comissão Nacional de Eleições, CNE, convocou nesta terça-feira uma nova onda de protestos.
“As 11 capitais provinciais, a partir da quarta-feira, dia 13, dia 14 e dia 15, vamos paralisar todas as actividades. Todas as actividades estarão paralisadas para que percebam que o povo está cansado”, disse Venâncio Mondlane numa nova mensagem aos seus apoiantes.
“O povo quer uma resposta“, realçou Venâncio Mondlane ao considerar que “a resposta não pode ser como esta de dizer que se trata de vândalos. A resposta não pode ser como esta de dizer que andam a praticar vandalismo”.
Numa transmissão nas redes sociais a partir de local desconhecido, o candidato presidencial suportado pelo partido Podemos que não é visto há mais de um mês, tem estado a promover manifestações para contestar os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro que dão a vitória à Frelimo, partido no poder desde 1975, e ao seu candidato presidencial.
Refira-se ainda que de acordo com a polícia moçambicana, pelo menos 12 pessoas ficaram feridas e 27 foram detidas nos últimos cinco dias de manifestações pós-eleitorais na província de Nampula, no norte de Moçambique, após a vandalização de esquadras e escolas. A polícia garante ainda que os detidos serão responsabilizados pelos crimes de vandalização de bens públicos e privados, bem como pela perturbação da ordem e da segurança pública.
Noutro balanço estabelecido desta vez pela Organização Não-Governamental Plataforma Eleitoral Decide, pelo menos 110 pessoas morreram nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique desde 21 de Outubro. Num relatório divulgado hoje, esta organização detalha que entre o passado dia 4 de Dezembro e esta terça-feira, foram registadas 34 mortos, dos quais dez em Gaza e outras dez em Nampula, além de cinco mortos em Sofala, quatro em Maputo e três em Cabo Delgado.
Durante este mesmo período, a plataforma contabilizou ainda pelo menos 149 detenções e 89 pessoas baleadas .ANG/RFI