
Polícia guineense prende manifestantes e inviabiliza organização de uma manifestação contra Governo

(ANG) – Vários manifestantes foram detidos na manhã de Domingo, em diferentes bairros da cidade de Bissau, durante uma tentativa de realização de uma manifestação pública organizada pelas plataformas, Frente Popular e Pô de Terra.
A Rádio Sol Mansi noticiou ter a sua equipa de repórteres assitido a detenção de três elementos dessas plataformas e diz que há relatos de outras detenções ocorridas nas zonas de Antula e QG, arredores de Bissau.
A mesma estação radiofónica ligada a Igreja católica informou que desde as primeiras horas da manhã de Domingo, (25), as ruas da capital foram ocupadas por elementos da Polícia de Intervenção Rápida, da Guarda Nacional e de outras forças da Polícia de Ordem Pública (POP), equipados com fardas antidistúrbios, capacetes e armados com armas de fogo.
Segundo fontes dessas duas plataformas,não identificadas e citadas pela RSM, as forças policiais terão detido cidadãos com roupas desportivas com os quais se cruzaram, com base em suspeitas de estarem envovidos na organização da manifestão.
A manifestação tinha como objetivo, segundo os organizadores, “lutar contra a ditadura no país”.
Entretanto, o Ministério do Interior afirmou não ter sido oficialmente informado sobre a manifestação popular convocada pelo Movimento Revolucionário Pó de Terra e pela Frente Popular para domingo, 25 de maio, data em que se celebra o Dia de África.
A declaração foi feita , sexta-feira, pelo Comissário Geral da Polícia de Ordem Pública (POP), Salvador Soares, durante uma conferência de imprensa, realizada em Bissau. Segundo Soares o Ministério tomou conhecimento sobre a previsão de organização da referida manifestação através das redes sociais.
Na semana passada, durante uma conferência de imprensa conjunta, a Frente Popular e o Movimento Revolucionário Pó di Terra denunciaram que o Ministério do Interior se recusou a receber a carta enviada pelas organizações para informar sobre a manifestação marcada para o dia 25 de maio. Mesmo assim, reafirmaram a intenção de mobilizar a população para sair às ruas e exigir o respeito pelas leis do país. ANG/RSM