Cabo Verde/Presidente da República alerta para desestatização da sociedade para se completar revolução liberal
(ANG) – O Presidente da República alertou hoje que para completar a revolução liberal iniciada na década de 90, torna-se necessário desestatizar a sociedade, libertar os indivíduos das peias do Estado, densificar o sector privado e capacitar o Estado visionário.
“Temos de, do ponto de vista político, completar a revolução liberal iniciada na década de 90, desestatizando a sociedade e libertando os indivíduos das peias do Estado e, no plano económico, densificar o sector privado e capacitar o Estado visionário, estratego e catalisador de dinâmicas de crescimento inclusivo e ambientalmente sustentável”, referiu José Maria Neves.
Na sua intervenção na Assembleia Nacional, por ocasião da sessão solene comemorativa do 49º aniversário da Independência Nacional, que se assinala neste 05 de Julho, José Maria Neves considerou que “só com uma sociedade autónoma e cidadãos livres e activos será possível fazer a diferença nas próximas cinco décadas”.
“Confiança nas instituições, mercados vibrantes, cidadão civicamente engajados e participantes activos na governação da República, universidades fortes, imprensa livre e pujante são vitaminas para o desenvolvimento durável que queremos estratego e catalisador de dinâmicas de crescimento inclusivo e ambientalmente sustentável”, explicitou.
Considerando que “Cabo Verde se afigura como um Estado de Direito Democrático que funciona, o Chefe de Estado, sublinhou, contudo, que “ocorre ser preciso, cada vez mais, garantir todos os direitos dos cidadãos, buscando diminuir as desigualdades de rendimentos, proporcionando mais riqueza e reduzindo a pobreza extrema, para que a nossa sociedade seja cada vez mais solidária, inclusiva e justa”.
“Lamentavelmente, o cenário mundial que se nos apresenta é o de uma casa cada vez mais perigosa para se viver. Cabo Verde não é parte nesta escalada de tensão insana, de desfecho imprevisível. A nossa postura deve ser de equilíbrio e de inteligência, agindo com prudência, equidistância e moderação, e não nos colocarmos em bicos de pés”, explicitou.
Nesta linha, referiu que cumpre ao país “o papel, tal como no passado, em que, modestamente, contribuímos para soluções de paz, de, também hoje, sermos um ponto de encontro, uma casa de diálogo, sendo sempre uma ponte para a paz. Esta é a nossa vocação. Reiteramos a defesa intransigente da Carta das Nações Unidas, do Direito Internacional, do respeito pela soberania e a integridade territorial dos Estados”.
Lançou um repto a todos no sentido de se abraçar o desígnio universal de lutar e zelar pela paz e contribuir para que o futuro seja pacífico e de prosperidade para toda a Humanidade e exortou, neste 5 de Julho, à união “em torno dos interesses nacionais”, visando “comemorar condignamente este marco de ouro que é o primeiro quinquénio da Independência Nacional”.
“O sonho para os próximos 50 anos é, tem de ser, ou de construir um Cabo Verde moderno, próspero, justo e inclusivo e com oportunidades para todos os seus filhos”, concluiu o mais alto magistrado da Nação, para quem, a celebração dos 50 anos da independência, se afigura como a data mais importante da história da nação cabo-verdiana. ANG/Inforpress