Ministra Maria de Céu inaugura primeiro laboratório de autópsia forense do país
(ANG) – A ministra da Justiça e Direitos Humanos realçou que o primeiro Laboratório de Autópsia Forense inaugurado hoje no país é um elemento de bastante relevo para investigação criminal e realização da justiça na Guiné-Bissau.
Maria de Céu Silva Monteiro falava na cerimónia de entrega e inauguração de primeiro laboratório de autópsia forense, instalado no Hospital Nacional Simão Mendes.
“A autópsia é um exame após a morte que visa investigar a causa da morte de um indivíduo e o procedimento é realizado por um médico legista que analisa o corpo para indicar patologias ou outras causas que possam contribuir na morte de uma pessoa”, referiu.
A governante acrescenta que a autópsia desempenha um papel indispensável na busca da verdade material em casos criminais, frisando que esta técnica desempenha um papel fundamental na investigação de crimes, auxiliando no processo da justiça e na identificação de possíveis responsáveis.
“A prática de autópsia é uma investigação precisa e detalhada capaz de desvendar segredos, fornecer evidências fundamentais para a investigação forense”, destacou Maria de Cêu Monteiro.
Para o Direcror Nacional da Polícia Judiciária, Domingos Monteiro Correia o evento é um marco que reflete o compromisso da PJ com a justiça, na busca da verdade material dos factos e a dignidade dos cidadãos guineenses.
“Agradeço a Embaixada da República Popular da China pela sua generosa doação e o apoio ao desenvolvimento deste laboratório. Este gesto não é apenas um investimento em tecnologias de infraestrutura, é um símbolo da solidariedade da cooperação internacional que se alinha com os esforços contínuos na modernização da justiça criminal no país”, disse o DG da PJ.
A inauguração do laboratório, segundo Domingos Correia, insere-se, de forma estratégica, na reforma estrutural da Polícia Judiciária, para responder aos desafios complexos da criminalidade contemporânea.
O Diretor Nacional da PJ disse que vai permitir, não apenas uma abordagem mais científica e rigorosa das investigações, mais também uma melhoria significativa na qualidade e precisão dos dados policiais.
Acrescentou que , com este laboratório, está-se a dar passos decisivos para garantir que a justiça não seja apenas feita, mais também visível, certiva e acessível à todos.
“Agora teremos em nossa disposição as ferramentas que permitirão investigar e esclarecer crimes de forma mais precisa e eficiente, porque as vítimas e as suas famílias merecem a nossa dedicação, atenção e o nosso esforço incansável, para que a verdade material prevaleça”, salientou.
O Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau Miguel Cruz Silvestre disse que na sociedade, a segurança é um direito fundamental de cidadãos e uma obrigação essencial do Estado que além de ser responsável pela segurança e ordem pública deve garantir direitos e liberdades fundamentais pelos princípios democráticos.
“A luz da sua natureza e atribuições a ação da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau, reveste-se de maior importância, sendo nos seus principais compromissos proteger a sociedade e garantir a paz social, atuando na proteção, detenção e investigação criminal e no combate ao crime para auxilio da administração da justiça,” disse o diplomata.
Sublinhou que o trabalho conjunto entre a Polícia Judiciária portuguesa e da Guiné-Bissau têm de forma tangível trabalhados para reforçar a ação das forças dos dois países.
Disse que, a polícia judiciária é também uma polícia cientifica que tem de estar equipada de meios e capacidades humanas e materiais aptas a prestar apoios técnicos, científicos especializados em investigação criminal, pautando a sua intervenção pela isenção absoluta pericial pelo respeito ao procedimentos internacionalmente definidos e validados e regentes dos princípios éticos e deontológicos próprios das ciências forense.
O Embaixadora da Republica Popular da China na Guiné-Bissau, Yang Renhuo disse esperar que os equipamentos da autópsia doados pelo seu país possam melhorar a capacidade médica legal e investigação criminal da Polícia Judiciária guineense e ajudar a ter a paz e a estabilidade social no país.
“A China está disposta a trabalhar com a Guiné-Bissau, com orientação dos dois chefes de Estado, no sentido de continuar a profundar a cooperação no domínio da segurança, para a construção de uma comunidade China-África, num futuro compartilhado em todas as contribuições para uma nova era,”disse Renhuo. ANG/MI/ÂC//SG