Ministro dos Negócios Estrangeiros considera de “muito positiva” a visita do Chefe de Estado a Moçambique
(ANG) – O ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades afirmou hoje que a visita oficial do chefe de Estado à Moçambique, na semana passada foi “muito útil”, por possibilitar a assinatura de acordos nos domínios da formação da Polícia da Ordem Pública, Enfermagem e Administração Pública.
Carlos Pinto Pereira deu estas informações na conferência de imprensa de balanço da visita do Chefe de Estado Úmaro Sissoco Embaló à Moçambique, Tanzânia e Malawi, recentemente realizadas.
O chefe da diplomacia guineense disse que dentro de pouco tempo será enviado um grupo de cinco pessoas para receber formação em cada uma dessas áreas, em Moçambique.
Disse haver uma promessa daquele país lusófono de enviar dentro de dois ou três meses um navio de dragagem para fazer limpeza no porto de Bissau , de forma a melhorar a sua capacidade de operação.
Dentro de pouco tempo, prosseguiu, serão selecionados alguns trabalhadores dos Portos de Bissau ou pessoas que estão interessadas em trabalhar nesta área para irem a Moçambique para formação no dominio da operação portuária.
“Igualmente se falou em aproveitar as experiências mútuas dos dois países no domínio de caju, e Moçambique tem certa experiência na transformação deste produto, no sentido de uma parceria que irá proporcionar a transformação local na Guiné-Bissau “,explicou.
Em Malawi, Carlos Pinto Pereira, disse que, apesar de a visita do Presidente da República fôr particular, foi de “grande importância”, uma vez que sendo um país sem acesso ao mar, mas que exporta peixes através da peixecultura, ou seja, os malawianos, criam peixes através das mais variadas técnicas.
Disse que este país está disposto a colaborar com a Guiné-Bissau neste sentido, frisando que pretende que os jovens que irão a Malawi para formação tenham dois objectivos, sendo o primeiro para formar e criar seus próprios empregos e o segundo, aproveitar as condições favoráveis que a Guiné-Bissau dispôe neste donimio.
“Queremos que estes jovens sejam igualmente formadores nas tabancas ajudando as pessoas nas comunidades a fazerem criação de peixes. Esta é uma forma muito concreta de combater a pobreza, fome, bem como melhorar a nossa dieta alimentar”,disse.
Na Tanzânia, segundo Pinto Pereira, os resultados da visita foram “altamente encorajadores”.
O chefe da diplomacia guineense anunciou que no quadro das relações bilaterais com vários países africanos sobretudo da sub-região, vai-se iniciar um conjunto de reuniões de Comissões Mistas, salientando que já na quarta-feira arranca com a República da Gâmbia, com o objectivo de, entre outros, reforçar a cooperação.
Afirmou que essas ações visam a criação das condições para que essencialmente a Guiné-Bissau, Gâmbia e Senegal começem a trabalhar, em conjunto, nomeadamente na importação de arroz, farinha e açucar, para facilitar as populações desses países, e viabilizar uma intervenção no mercado capaz de provocar a redução dos preços dos produtos de primeira necessidade.
“Nesse encontro que começa amanhã com a Gâmbia vai ser passada em revista o princípio de livre circulação de pessoas a bens que não tem tido uma implementação prática, nem na Guiné-Bissau, nem no Senegal e nem na Gâmbia, o que complica a vida das populações que fazem negócios pagando taxas que não deviam pagar. As burocracias nas fronteiras não estão a favorer o desenvolvimento”, disse.
No quadro ainda da formação, Carlos Pinto Pereira disse que a República da Coreia do Sul prometeu formar cerca de 1000 jovens nas áreas técnicas ligadas as pescas, e salientou que o Marrocos está igualmente disposto a formar técnicos nas áreas de agricultura, agroindústria, pescas e turismo. ANG/MSC/ÂC//SG