Reunião Ministerial dos Estados Insulares Africanos aberta em Bissau
(ANG) – A 1ª reunião ministerial dos Estados Insulares Africanos iniciou hoje os seus trabalhos em Bissau, para, entre outros assuntos, proceder a apresentação dos resultados e progresso da Comissão Climática dos Estados Insulares Africanos, apresentação dos Projetos Emblemáticos, em Curso e em Preparação, e apresentação do Memorando de Entendimento entre países membros desta organização.
A abertura dos trabalhos previstos para durar dois dias, foi presidida pelo ministro guineense do Ambiente, Biodiversidade e Acção Climática, Viriato Cassamá.
Na ocasião, sustentou que, a criação da referida comissão em 2016 refletiu na unidade dos países integrantes, na adversidade de luta pelo o mesmo objetivo, e que hoje já deram um passo crucial, para transformar essa unidade, em acções coordenadas e ambiciosas.
“O momento é de acção coletiva, reconhecemos que os desafios que enfrentamos são complexas, mas a nossa vontade coletiva de superar é maior. os Estados Insulares Africanos estão na linha de frente de uma crise que não desejamos, enfrentando ameaças com a elevação do nível do mar, erosão costeira que consomem o nosso território e o nosso património, “destacou Cassamá.
Acrescentou que perante essa realidade, o multilateralismo não é uma opção mas sim uma necessidade, tal como referiu, recentemente, o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, perante a Assembleia Geral da Nações Unidas.
“As Nações Unidas são o fórum onde todas as Nações, grandes ou pequenas, só têm uma voz, e esta comissão é a materialização deste princípio dos nossos Estados Africanos”, disse o governante.
Para o Secretário de Estado das Finanças de Cabo Verde, Alcindo Mota, as alterações climáticas constituem hoje a maior ameaça ao desenvolvimento humano, e a estabilidade económica
dos países.
Mota sublinhou que a África contribui com menos de 04 por cento das emissões globais de gases com efeito de estufa, mas é um dos continentes mais afetados pelo flagelo.
“Esta conferência representa um momento decisivo, uma oportunidade para reforçarmos o compromisso político e estratégico, que dá corpo a nossa identidade coletiva para adotarmos decisões concretas que transforme a vulnerabilidade e a liderança, e a ambição em resultados concretos”, disse Alcindo Mota.
Desta organização fazem parte Cabo Verde, Comores, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Ilhas Maurícias,Madagáscar, São Tomé e Príncipe, Seicheles e Tanzânia. ANG/LLA/ÂC//SG