
Setor privado mantém Guiné-Bissau na concorrência internacional na fileira do caju

(ANG) – O Secretário-geral da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços(CCIAS) disse, quarta-feira, em Bissau, que o setor privado através dos produtores, comerciantes e exportadores tem desempenhado um papel crucial na dinamização da actividade na fileira de caju, garantindo que o país se mantenha competitivo no mercado internacional.
Mama Saliu Bá fez estas afirmações na cerimónia que assinalou o fecho da campanha de comercialização da castanha de caju/2024, em representação do Presidente Interino da organização Bacar Baldé.
Salientou que a castanha de caju continua a ser o principal motor da economia da Guiné-Bissau, uma vez que representa mais de 90 por cento das exportações nacionais, e que é fonte essencial de rendimento para milhares de famílias.
“A campanha de cajú de 2024 trouxe uma melhoria significativa na dinâmica do sector e pela primeira vez não houve balizarão dos intervenientes e todos os atores da fileira puderam comprar diretamente aos agricultores, criando um ambiente de maior concorrência resultando em benefícios diretos, tanto para os produtores como para o governo, através de arrecadações de receitas fiscais”, disse
.
Para Saliu Bá o desafio mais crítico foi a fraca participação do sector bancário nacional no financiamento aos operadores, cujas as principais justificações têm sido a dificuldade de obtenção de garantias, a morosidade da justiça na resolução de litígios comerciais e o volatilidade do preço fixado pelo Governo.
Baldé agradeceu ao Governo pelo trabalho feito durante a campanha finda,. Tendo reiterado que a colaboração com o sector e privado será determinante para o futuro da economia nacional.
Realçou que juntos podem transformar desafios em oportunidades e garantir que o caju da Guiné-Bissau continuasse a ser um pilar de desenvolvimento do país.
Na campanha de comercialização de caju de 2024 foram exportadas 163 mil toneladas do produto que é considerado por muito o “Ouro da Guiné-Bissau”, por ser o meio de sobrevivência de muitas famílias guineenses.ANG/MSC/ÂC//SG