
Rússia/Kremlin opõem-se a trégua de 30 dias, Trump diz estar optimista

(ANG) – O Presidente norte-americano, Donald Trump, disse esta noite estar optimista quanto a uma trégua na Ucrânia, com emissários norte-americanos a chegarem hoje a Moscovo.
No entanto, o Kremlin parece não mostrar grande abertura ao diálogo com um porta-voz de Putin a dizer que pausa de 30 dias no conflito seria “um alento para a Ucrânia”.
De um lado do Atlântico optimismo, do outro lado pragmatismo. A partir da Casa Branca, nos Estados Unidos, o Presidente Donald Trump disse estar optimista quanto a um possível cessar-fogo, com os seus emissários a chegarem hoje a Moscovo de forma a negociarem um acordo para travar a invasão da Ucrânia.
No entanto, o Kremlin disse já hoje que um cessar fogo temporário de 30 dias serviria apenas para dar alento e força à Ucrânia. Estas foram informações dadas por um porta-voz russo que acrescentou ainda que Vladimir Putin deve falar hoje publicamente sobre esta proposta.
Trump disse estar pronto a uma resposta “forte” caso Putin recusasse negociar, numa altura em que a Ucrânia aceitou uma trégua de 30 dias e que este tema será também debatido no seio do G7 que se reúne hoje no Canadá.
Desde quarta-feira que a trégua parecia não estar nas prioridades de Vladimir Putin, que visitou na quarta-feira a região de Koursk, que faz fronteira com a Ucrânia e tem sido alvo de fortes ataques por parte das forças ucranianas. O Presidente russo trocou mesmo o seu habitual fato pelo uniforme militar dizendo esperar “libertar em breve o território russo de todo e qualquer inimigo”.
Só em Koursk, os russos dizem já ter feito 430 prisioneiros entre os soldados ucranianos que actuam na região, com o Presidente russo a defender que os prisioneiros de guerra sejam “tratados como terroristas”. Já hoje a Rússia disse ter abatido 77 drones ucranianos em várias regiões do país, com uma grande parte a concentrar-se na fronteira entre os dois Estados.
Na noite de quarta-feira, em França, os deputados gauleses votaram favoravelmente uma resolução de apoio à Ucrânia, no entanto, houve abstenções e votos contra. A abstenção veio do grupo de extrema-direita União Nacional e os votos contra da extrema-esquerda. Entre as novidades desta resolução, está uma posição clara para que os bens apreendidos aos russos nos diversos países da União Europeia sirvam para financiar o apoio militar e de reconstrução da Ucrânia.ANG/RFI