Moldóvia/Pró-europeia Maria Sandu festeja vitória nas presidenciais
(ANG) – A Presidente cessante pró-europeia da Moldova, Maia Sandu, reivindicou vitória nas presidenciais, com 54,9% dos votos, quando a contagem está praticamente concluída.
O escrutínio foi marcado por suspeitas de interferência russa, duas semanas depois da vitória do “sim” ao referendo da adesão à União Europeia.
A Moldova confirmou, domingo, a sua linha europeia ao reconduzir a sua Presidente Maia Sandu numa eleição marcada por suspeitas de interferência russa.
No discurso de vitória, Maia Sandu sublinhou que “a Moldova enfrenta um ataque inédito na história de toda a Europa“, denunciou que houve “dinheiro sujo, compra de votos, interferência no processo eleitoral por forças hostis exteriores ao país” e agradeceu ao povo pela união que fez vencer “a liberdade e a cidadania”.
De acordo com os resultados quase definitivos publicados pela Comissão Eleitoral Central, a candidata de 52 anos obteve 54,9% dos votos contra 45% para Alexandr Stoianoglo, o ex-procurador de 57 anos apoiado pelo Partido dos Socialistas pró-Rússia.
A vitória é simbólica depois do “sim” no referendo à adesão à União Europeia, a 20 de Outubro, mesma data da primeira volta das presidenciais, quando ela ficou em primeiro lugar, com cerca de 42% dos votos, mas não conseguiu obter maioria absoluta. Para a segunda volta, o seu rival juntou o apoio de vários pequenos candidatos e a contagem deste domingo até começou com a vantagem daquele que é conhecido como “o homem de Moscovo”, mas a tendência inverteu-se ao longo da noite. Maia Sandu denunciou a interferência russa nas presidenciais, acusação secundada por autoridades da União Europeia e dos Estados Unidos mas negada pelo Kremlin.
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O Presidente francês, Emmanuel Macron, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já felicitaram Maia Sandu pelo resultado. Também o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, felicitou Maia Sandu pelo “resultado histórico que reflecte a vontade do povo moldavo de permanecer firmemente no caminho da democracia, da liberdade e da integração na União Europeia”.
Primeira mulher a ocupar, em 2020, as mais altas funções neste Estado dividido a esfera de inflência da NATO e da Rússia, Maia Sandu voltou costas a Vladimir Putin após a invasão russa da Ucrânia em 24 de Fevereiro de 2022 e virou-se plenamente para a União Europeia, apresentando um pedido formal de adesão à União Europeia no mês seguinte. Em Junho conseguiu para o país o estatuto de candidato à União Europeia e em Dezembro de 2023 foram iniciadas as negociações de adesão. ANG/RFI