
Governo promete resolver problemas de falta de documentação dos guineenses residentes na Mauritânia

(ANG)- O Governo, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, e na pessoa do Secretário de Estado das Comunidades, prometeu, esta quinta-feira, resolver o problema de falta de documentação que os emigrantes guineenses enfrentam na Mauritânia.
Nelson António Pereira deu a garantia em conferência de imprensa realizada em reação à carta sobre situações de aflições que os guineenses enfrentam na Mauritânia devido a falta de documentação, e que terá estado na origem de detenção de muitos deles.
Disse que, de acordo com a carta que recebeu da embaixada da Guiné-Bissau naquele país, os guineenses passam por dificuldades na Mauritânia devido a falta de documentação, razão pela qual muitos emigrantes foram detidos por não se disporem de Carta de Residência(CR).
Disse que, a carta indica que, nas últimas semanas o Estado Mauritaniano tem intensificado ações de fiscalização no seu território, para controlo de CR, com alegação de que tais medidas estão a ser aplicadas devido a falta de iniciativa dos emigrantes em relação a regularização das suas situações.
Nelson Pereira acrescenta citando a carta, de que , em 2022, o governo da Mauritânia realizou uma campanha gratuita de recenseamento, na sequência do qual 130 mil emigrantes receberam, à custo zero, os respetivos Cartão de Residência, mas que passados dois anos apenas sete mil emigrantes renovaram os seus documentos.
Segundo Pereira, o que está a acontecer de momento na Mauritânia não se trata da perseguição aos emigrantes, mas sim aplicação das leis nacionais que respeitam a dignidade humana.
O governante disse que a maioria dos cidadãos guineenses residentes na Mauritânia não tem a Carta de Residência em dia, e que as desculpas têm sido alegações de que há dificuldades de obtenção e renovação dos documentos naquele país, devido a exigência de apresentação de Contrato de Trabalho e comprovativo da residência.
Nelson António Pereira disse, entretanto, citando a representação diplomática da Guiné-Bissau na Mauritânia, que parte significante de emigrantes guineenses encontram-se em na situação irregular, porque entraram de forma clandestina, sem Passaporte e sem Bilhete de Identidade , o que dificulta a sua regularização junto das autoridades mauritanianas .
“Independente do que estamos a falar sobre a falta de documentação dos emigrantes guineenses residentes na Mauritânia, houve um incidente que envolveu um maliano e um mauritaniano, em que o maliano prestou serviço ao mauritanianas mas este recusou lhe pagar. Foram á polícia, e segundo as informações que recebemos, o maliano perdeu a justiça e, por sua vez, resolveu fazer a justiça com as suas próprias mãos, acabando por matar o mauritaniano. Daí a ira contra todos os emigrantes que foram pegos em situação irregular. Muitos pedreiros, sobretudo malianos e senegaleses, foram levados à prisão ou para a fronteira”, contou Nelson Pereira . ANG/MI/ÂC//SG