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Israel/Exército impõe cerco à Faixa de Gaza e decide cortar água e eletricidade

Israel/Exército impõe cerco à Faixa de Gaza e decide cortar água e eletricidade

(ANG) – O ministro da Defesa israelita Yoav Gallant anunciou esta, segunda-feira,  impor um “cerco total” à Faixa de Gaza, no terceiro dia da ofensiva contra Israel a partir deste território palestiniano pelo grupo islâmico Hamas.

Vamos impor um cerco total a Gaza“, avançou Yoav Gallant num vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa. “Vamos cortar a electricidade, a água e o gás“, acrescentou. 

Cerca de 2,3 milhões de palestinianos vivem na Faixa de Gaza, território sob ocupação israelita desde 2007. 

Durante a madrugada de segunda-feira, Israel bombardeou a Faixa de Gaza, atingindo “mais de 500 alvos” do Hamas, segundo o próprio exército israelita, com ataques aéreos e fogo de artilharia. 

O exército israelita anunciou ainda esta segunda-feira ter retomado o controlo total das localidades atacadas pelo grupo islâmico Hamas no Sul do país, onde combatentes palestinianos se tinham infiltrado. 

As sirenes de alerta anti-mísseis continuam a soar em Jerusalém nesta manhã e, na sequência, foram ouvidas algumas explosões, segundo jornalistas da agência France Presse no terreno. Os cerca de 100 reféns israelitas continuam nas mãos do Hamas e Israel teme que possam servir de escudo humano e de moeda de troca para libertação de prisioneiros palestinianos. 

Com medo destas réplicas israelitas na sequência do ataque surpresa do Hamas palestiniano de sábado, 7 de Outubro, vários habitantes na Faixa de Gaza fugiram das suas casas.A ONU diz que há 123 mil deslocados em Gaza. 

Mais de 17.500 famílias representam 123.538 pessoas, que receiam a sua proteção e a destruição das suas habitações“, acrescentou a ONU.

O Hamas afirmou, na noite de domingo, 8 de Setembro, ter bombardeado o principal aeroporto de Israel (Ben Gurion).

O primeiro-Ministro israelita Benjamin Netanyahu declarou que “Israel está em guerra” com o Hamas.

O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se no domingo, e diversos membros condenaram o ataque dos milicianos palestinianos. No entanto, houve falta de unanimidade durante a reunião e os Estados membros não redigiram nenhuma declaração comum. O conflito israelo-palestiniano tem regularmente dividido os membros do Conselho de Segurança da ONU. 

No último balanço registam-se 413 mortos palestinianos, segundo o Ministério da Saúde palestiniano e mais de 700 mortos em Israel segundo o Ministério da Saúde israelita, o que eleva para mais de 1.100 o número total de mortos dos dois lados. 

Este balanço não tem precedentes na história de Israel, apenas comparável à sangrenta primeira guerra israelo-árabe de 1948, após a fundação do Estado de Israel. ANG/RFI

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