
França/Emmanuel Macron não quer Rússia a mediar conflito entre Israel e Irão

(ANG) – Emmanuel Macron esteve no Domingo na Gronelândia para se opor às pretensões de Donald Trump quanto àquela região do Mundo.
Esta foi uma paragem a meio caminho da reunião do G7, no Canadá, e o Presidente francês disse quanto ao conflito entre Israel e Irão, que a Rússia não seria um bom mediador.
Após Moscovo se ter voluntariado para tratar das negociações entre os dois países, o Presidente francês Emmanuel Macron disse preferir que fossem os norte-americanos a avançar para travar o conflito já que, de um lado são muito importantes na negociação do nuclear iraniano e, do outro lado, fornecem a maior parte das armas aos israelitas.
“Sobre o Médio Oriente, acredito que estamos todos unidos. Ninguém quer que o Irão adquira armas nucleares. Mas todos querem que as discussões e negociações sejam retomadas. E aqui também, os Estados Unidos da América têm uma capacidade real de fazer com que todos voltem à mesa de negociações. Considerando que, juntamente com os europeus, eles são um actor fundamental em qualquer acordo nuclear, mas, acima de tudo, a dependência de Israel em relação às armas e munições norte-americanas dá aos Estados Unidos a capacidade de negociar. Não acredito que a Rússia, que actualmente está envolvida num conflito de alta intensidade e decidiu não respeitar a Carta das Nações Unidas há vários anos, possa ser um mediador. Acredito que é nossa responsabilidade colectiva tentar resolver este conflito o mais rápido possível e, portanto, como primeiro passo, evitar qualquer escalada e garantir que todos os protagonistas voltem à mesa de negociações“, disse o chefe de Estado francês.
A Gronelândia é oficialmente território dinamarquês e Emmanuel Macron exprimiu “solidariedade europeia” face às ameaças de Donald Trump que diz querer tomar esta zona do Mundo. O líder francês disse ainda que a Gronelândia “não estava à venda”, nem poderia ser tomada por outro país.
Foi a primeira vez que um Presidente francês esteve neste território remoto e foi recebido com aplausos pela população em Nuuk, a capital desta província autónoma da Dinamarca. ANG/RFI