Pecuária/DG defende necessidade de cumprimento das regras internacionais de abate de animais no país
(ANG) – O Diretor-geral da Pecuária, Bernardo Cassamá criticou a forma como os animais são abatidos no Matadouro municipal e em cerimónias tradicionais considerando essa forma de “anormal”
Em entrevista a ANG, Cassamá defendeu que as pessoas que fazem o abate de animais devem seguir as regras internacionais para sacrificar os animais.
“Existem métodos modernos de fazer os animais perder a vida sem sofrimento e as referidas regras devem ser levadas em conta para o bem estar animal”, disse.
Cassamá sublinhou que os animais não devem ser sacrificados em conjunto, ou seja uns a ver outros a morrer, porque também têm sentimentos da morte, como os seres humanos.
Segundo Cassamá , entre 2022 e 2023 foram vacinados mais de 160 mil animais entre vacas e caprinos, em todo o território nacional, contra carbúnculo e outras doenças.
Bernardo Cassamá considerou “significante esse número , tendo em conta o total de animais existentes no país, de acordo com os dados do último recenseamento realizado entre 2009 e 2010 e as actualizações feitas, segundo os quais foram registados um milhão e 300 mil bois e 905 mil cabras e carneiros.
“Em todas as campanhas de vacinações levadas a cabo no país, a de 2022 e 2023 foram excepcionais, porque recensear mais de 160 mil animais, num espaço de dois à três meses é algo inédito”, frisou.
Aquele responsável criticou que, na Guiné-Bissau, as pessoas não se preocupam com a situação de saúde dos animais, e aponta, à título de exemplo, que é notório muitos cães vadios, vacas e porcos à andarem nas ruas sem controlo.
“Esses animais devem ser protegidos num espaço condigno para proporcionar-lhes um bem estar mínimo”, aconselhou.
Bernardo Cassamá acrescentou que a falta de controlo de animais esteve recentemente na origem de um caso de ataque de cães às pessoas em Gabu.
“Se os cães estão a atacar as pessoas é porque contraiu a doença da raiva, o que só pode ser na rua onde comem nos lixos e bebem águas estagnadas”, disse Cassamá que acrescentou, “se cada um de nós proteger os seus animais, dando-lhes aquele bem estar necessário, as doenças que se transmitem dos animais para a pessoa ou vice versa vão ser minimizadas”.
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