
Presidente da República desdramatiza apreensão de passaportes no aeroporto de Lisboa

(ANG) – O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, desdramatizou, quinta-feira, a apreensão de 353 passaportes guineenses pela polícia portuguesa, no aeroporto de Lisboa, e considerou “normal” a prática de transporte daqueles documentos em mão.
“A questão dos passaportes, e não são só os passaportes da Guiné-Bissau, mesmo os de outros países, são transportados na mão. Entrega-se à pessoa e faz-se uma declaração. Não há nada de anormal”, observou Sissoco Embaló, em declarações aos jornalistas, à saída da reunião semanal do Conselho de Ministros.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) apreendeu cautelarmente, na noite de terça-feira, 353 passaportes genuínos da Guiné-Bissau transportados por um cidadão guineense intercetado no aeroporto de Lisboa, que disse ter sido incumbido, por um Alto Comissariado guineense, de entregar a documentação em Bruxelas.
“Pelas dúvidas e por poder estar em causa a segurança, todos os documentos foram cautelarmente apreendidos e a diligência comunicada ao Ministério Público”, informou o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis), em comunicado divulgado nesta quinta-feira.
Umaro Sissoco Embaló defendeu que os 353 passaportes foram transportados por um cidadão guineense, a pedido de alguém da autoridade do país, devido ao facto de os ministros dos Negócios Estrangeiros, Carlos Pinto Pereira, e o do Interior, Botche Candé, se encontrarem naquele dia fora de Bissau.
“Na pressa entregou-se a um cidadão normal para que os entregue na nossa embaixada. Nada de anormal”, disse Embaló, admitindo, contudo, ter faltado observar algum pormenor protocolar.ANG/Lusa