Tempestade Boris semeia a destruição na Europa Central
(ANG) – Chuvas torrenciais, inundações impressionantes e evacuações em massa: a tempestade Boris semeia a destruição na Europa Central e o balanço das vítimas subiu para pelo menos sete mortos e vários desaparecidos.
Danos consideráveis e inundações catastróficas na República Checa, Eslováquia, Polónia, Áustria e Roménia. A tempestade Boris provocou ainda, nestes países, cortes maciços de electricidade, falhas na rede de transportes e evacuações em massa.
Para já, o balanço das vítimas mortais é de sete. Na Roménia subiu para cinco o número de mortos, uma pessoa afogada na Polónia e um bombeiro morto na Áustria. Além disso, quatro pessoas estão dadas como desaparecidas na República Checa.
As imagens das inundações são impressionantes, bairros inteiros inundados, ruas submersas, habitantes resgatados com água até ao peito na Roménia, barreiras de areia para tentar limitar a subida das águas e pessoas refugiadas em escolas.
Na Roménia, a região mais afectada é a de Galati, sudeste, onde milhares de casas foram atingidas.
O tráfego ferroviário entre a Polónia e a República Checa foi cortado e milhares de pessoas foram retiradas de ambos os lados da fronteira.
A situação é particularmente grave no nordeste da República Checa, onde grande parte da cidade de Opava foi evacuada devido ao transbordo do rio Opava. França
Os fornecedores de electricidade checos informaram este domingo de manhã, 15 de Setembro, que 260.000 lares estavam sem electricidade devido às inundações.
Na Áustria, o tráfego ferroviário foi interrompido na noite de sábado para domingo em parte do país. Os jogos da Bundesliga de futebol foram cancelados.
Três linhas do metro de Viena foram parcialmente encerradas, uma vez que a rede estava ameaçada pelo rio Wien e pelo canal do Danúbio, que atravessam a capital austríaca. Foram erguidas barreiras de areia dentro dos túneis.
A região mais afectada pela tempestade na Áustria, a Baixa Áustria (nordeste), foi classificada como zona de catástrofe natural. Com 1,72 milhões de habitantes, é a segunda região mais populosa do país, a seguir a Viena.
Já em 2022, num mundo que enfrenta um aquecimento médio de 1,5°C, especialistas climáticos do IPCC, alertavam para o aumento das inundações causadas por fortes chuvas na Europa Central e Ocidental.ANG/RFI