”Antigos trabalhadores do Grupo Jomav e o patronato ainda não se entendem quanto ao montante da dívida a pagar
(ANG) – O agente comercial e mediador do processo de pagamentos das dívidas e indemnização entre o Grupo Jomav e os seus ex-funcionários, disse que, José Mário Vaz está disposto a pagar todas as dívidas se houver um consenso sobre o montante a pagar.
Em conferência de imprensa realizada hoje, Andre Mendes disse que, o que está a dificultar o processo é a falta do consenso entre os trabalhares e o patronato sobre o valor total a pagar a cada funcionário.
Um grupo de funcionários da empresa do ex-presidente da República, José Mario Vaz tem reivindicado, com protestos junto a residência do antigo presidente, o pagamento das suas dívidas salariais e o caso já se encontra nas instâncias judiciais.
O número total dos ex-trabalhadores do Grupo Jomav de Bissau é de 17, o de Canchungo 09 e de Gabu 20 e têm de receber pouco mais de 310 milhões entre o salário em atraso, Providência Social e indemnizações.
André Mendes disse o ponto da divergência tem a ver com o pagamento da providência social, em que os trabalhadores representados pela Associação dos Empregados Domésticos, querem que sejam descontados apenas 20 por cento para a providência social e que os restantes sejam lhes revertidos como salário , proposta que o antigo presidente terá recusado.
“Pedi aos ex-funcionários para deixarem que as dívidas da previdência social sejam pagos naquela instituição, de acordo com a lei, para receberem apenas o montante de dívidas em atraso e das indemnizações recusaram essa proposta”, disse André Mendes.
Acrescentou que, calculado o montante que cada ex-funcionário deve pagar à Providência Social foi entregue a cada um documentos para assinar mas que todos reusaram assinar .
“Recusaram assinar o documento e reclamam que devem receber em mãos, o valor que deviam pagar a providência social. O ex-Presidente da República recusou , e disse que isso só pode acontecer com o aval da Providência Social”, disse Mendes.
As dívidas para com os 46 trabalhadores foram contraídas desde 2017, altura do fecho da maioria das empresas do Grupo Jomav, instaladas em Bissau, Canchungo e Gabu.
Por duas vezes realizaram manifestações de protestos junto a residência do ex-Presidente da República,em Bissau, e na terceira tentativa foram dispersados pelas forças da ordem. ANG/ÂC//SG