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Binhan Quimor apresenta ao vivo o seu mais recente álbum, intitulado “Nha Mininessa”

Binhan Quimor apresenta ao vivo o seu mais recente álbum, intitulado “Nha Mininessa”

(ANG)– O músico guineense de renome internacional Binhan Quimor, apresentou segunda-feira ao vivo, o seu mais recente álbum, intitulado “Nha Mininessa”, no Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense, com 10 canções.

O álbum intitulado “Nha Mininessa” que se serve de memórias traumática do cantor, visa denunciar as violações contra os direitos da criança na Guiné-Bissau e no mundo.

Neste novo álbum, o músico que outrora vítima de infanticidio, hoje incontornável músico de referência da música nacional, Binhanquinhe Quimor, traz em primeira pessoa experiências e memórias mais trágicas, porém, maïs melodiosas da sua vida e da sua traumática infância.

“NHA MININESA” um trabalho caracterizado pelas profundas tristezas, chamadas de atenção e desejos: com destaque para a faixa musical número 10. Na “bardadi”, MAMES MANSIA,

Na música, Binham encorajou  os desamparados, ås mães que realmente amam os seus filhos, como também louvar os que fazem o papel do seu tio. E sem dúvida uma denúnca a prática “di bota mininus kuma irã”, onde chama atenção e pede ao Estado de Guiné Bissau para lutar contra essa prática medrosa, se não, corre o risco de perder mais filhos.

O primeiro tema, “NHA MININESA” uma música em que o desejo de regressar à infância é realçado pelo Binham Quimor, e nela sente uma profunda dor causada pela idade adulta do sujeito poético ou músico que fez das suas saudades um passaporte carimbado às lágrimas para se retornar a sua infância que considera fantástica na sua Catió.

Além disso, lembrou das actividades, jogos de brincadeiras infantis que se fazia, outrora a noite de lua cheia “kusa ku ka tem aós”, as folias que cicatrizaram e caracterizam o tempo por ele desejado, e não só, como também lembra das amizades e os comportamentos de riscos da sua “mininesa”.

A segunda  faixa  “NHA NOME” é sem dúvidas um espanto originário de “nfala nfala” que se vive na cidade de Bissau, outrossim, o sujeito estranha pelo que vê e ouve a volta do seu nome.

“Portanto, o título “Nha Nome” não passa dum mero “miskinhu”. Isto é, uma critica a “djintis di Bissau” onde a cidade de Catió é apresentada como amostra da zona rural”, disse o cantor.

Afirmou que, quando com o medo estamos, rogamos, suplicamos a Deus, a coragem para enfrentar os obstáculos.

Na faixa nº 3 denominado BINTCHIM BABA, o músico conta que, era apenas uma pedra rejeitada pelos pedreiros e, agora é a mais desejada.

Afirmou que, com esta metáfora bíblica, recorda a sua rejeição paternal em relação ao que se tornou hoje, BINHAN QUIMOR, uma voz africana e para o mundo.

Uma outra gota de lágrima é vista no Binkan, na sua música de alerta juvenil, o HINO DE JUVENTUDE (JOVENS BÓ PEGA TESU), onde exorta aos jovens para se levantarem e lutarem. E que se estudem para melhor enfrentarem os desafios que a vida vem traçando sobre os seus caminhos, que não desistam dos seus sonhos, se não, nunca terão os resultados esperados.

Na 4 música,  Binhan anuncia que só com a união, a valorização e o respeito à diversidade ou às diferenças é que “a sua påtria amada” se arranque para um  desenvolvimento. Por outro lado, chama atenção às consequências concernentes ao resgate dum pretérito amargo” ka bo garbata nada ku passa di mal, kil ku passa dja, nó dissal pa i bai”.

Na faixa nº 5, a música cujo tema é ARMONIA SABI,  chama atenção sobre a importância do amigo, não dum irmão biológico, mas sim, o irmão conquistado, o da outra mãe. Por tudo isso, deixa entender claro que por detrás destes mistérios para uma boa convivência, é necessário ser amável, compreensível e solidário para conquistar amigos.

Para a conservação da paz e amor lembrou  ao  povo da importância duma boa vizinhança e o significado que esta pode ter quando se fala da harmonia, portanto, apresenta um triângulo, formado por amor, harmonia e amigo, o trio ligado ao coração, ao sentimento verdadeiro ao próximo.

O  MISKINHU “Miskinho” vem da profunda dor, a da alma… “Miskinho” é uma lamentação a situação penetrante, a que doe no согаçâо.

Nessa música, Quimor revela que a Guiné-Bissau foi formada por um povo viajante, a ideia que, com ela pretende demonstrar que os grupos étnicos que edificam o seu povo vieram de longe, deixando subentendido a ocupação colonial quando se fala da libertação do seu povo.

Binhanquinhe Quimor, é um músico guineense de renome internacional, que muito cedo, interessou-se pela arte e sobretudo pela música que começou a gostar na Igreja Evangêlica, aprendendo a tocar a guitarra com o mestre/pastor Agostinho A.Sambe.

Em 2008 Binhan foi considerado como o Cantor Revelação do ano na Guiné-Bissau, fruto das suas belas canções de intervenção social, de exaltação do amor e do valor da paz.

O reconhecimento do Binhan como uma voz incontornável na nova cena musical guineense aconteceu com a sua chamada pelo mestre Adriano Atchutchy para integrar a mítica banda nacional Super Mama Djombo como um dos cantores principais.

Lançou o seu primeiro álbum à solo intitulado LIFANTI PUPA no dia 06 de fevereiro de 2015que contou com a participação especial de Queen Etmen de Camerom, Tchaga filha de Aicha Kone e a grande cantora Monique Seka da Costa de Marfim.

Binhan, nome artístico de Binhanquinhe Quimor, é um virtuoso compositor e intérprete guineense, conhecido pela sua voz imponente e temas de intervenção social que caraterizam as suas músicas.

Nasceu em Catió, na Guiné-Bissau, no dia 08/07/1977, filho de familia humilde, vitima de infanticidio na sua primeira infância.ANG/LPG/ÂC

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