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”Colonialismo deixou a Guiné-Bissau no obscurantismo”,diz MNE

”Colonialismo deixou a Guiné-Bissau no obscurantismo”,diz MNE

(ANG) – O ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades criticou que o colonialismo “deixou o país no obscurantismo” com a intencional falta de formação de quadros que ainda prejudica o Estado, mas que apesar disso, a Guiné-Bissau não pretende pedir indemnização a Portugal.

Em termos concretos, a Guiné-Bissau não pretende pedir qualquer tipo de indemnização financeira a Portugal. Mas, também, referiu Carlos Pinto Pereira, não se esquece do que se passou com o colonialismo durante mais de cinco séculos.

No caso da Guiné-Bissau, todos nós sabemos que em 1974, quando o PAIGC entrou para tomar conta da administração do Estado, havia meia dúzia de quadros com formação superior ou formação profissional.

Ora, esta situação foi provocada intencionalmente pelo colonialismo que decidiu deixar a Guiné-Bissau no obscurantismo e no analfabetismo. 

O chefe da diplomacia guineense entende que Portugal não pode “assobiar para o lado” em relação ao seu papel na colonização embora no caso da Guiné-Bissau as actuais autoridades não estejam preocupadas que tenha levado do território ouro, diamante ou outros minérios.

Carlos Pinto Pereira observa que o que Portugal deveria fazer, para reparar os danos do colonialismo, era falar do assunto abertamente nas escolas para que a sociedade portuguesa saiba o que se passou e ajudar a Guiné-Bissau a formar os seus quadros. Mais do que qualquer compensação financeira, isso sim, seria uma boa indemnização, defendeu Carlos Pinto Pereira.

Esta declarações surgem no próprio dia em que, em Lisboa, o Ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel rejeitou a ideia de pagar reparações às ex-colónias, admitindo contudo fazer “pedidos de desculpas”.

Esta manhã, na Assembleia da República, num debate urgente sobre esta matéria reclamado pela extrema-direita, o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros de Portugal teceu críticas “a quem quer que as relações entre Portugal e os países da CPLP sejam baseadas em ressentimentos”.

No âmbito desta sessão plenária, Paulo Rangel disse que “Portugal não tem medo da sua história e, por isso, lutará sempre pela isenção, pela imparcialidade, pela verdade histórica” e que irá avançar com pedidos de desculpas. O governante anunciou ainda que o executivo português está a “desenvolver esforços” para que haja cursos de tétum e crioulo nas faculdades de letras das universidades portuguesas. ANG/RFI

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