Coordenador do Madem G-15 responsabiliza Governo de Iniciativa Presidencial pelo aumento do preço de arroz no mercado nacional
(ANG) – O Coordenador do Movimento para Alternância Democratica / Madem G-15 responsabilizou o Governo de Iniciativa Presidencial pelo aumento do preço de arroz no mercado nacional, uma vez que agiu unilateralmente sem consultar quem entende do assunto.
Braima Camará falava, terça-feira, em conferência de imprensa, em reação ao aumento do preço de arroz decretado pelo Governo.
O Governo decidiu em reunião extraordinária do Conselho de Ministros, realizada na passada sexta-feira, fixar em 21.500 francos CFA, um saco de 50kg de arroz tipo “nhelém” 100% partido, e o da qualidade 5% partido(grosso), passa a custar 24.000 francos. A decisão governamental foi tomada após o Executivo decidir suspender a subvenção à importação de arroz, que tem permitido a venda do produto à preço mais baixo, alegando dificuldades financeiras.
O arroz do tipo “nhelém” 100% partido era vendido no valor de 17.500 por saco de 50kg e do tipo 5% partido(grosso), no valor de 22 000 francos CFA.
O político sublinhou que os economistas dizem que toda a crise que existe no mundo ou em qualquer associação ou sociedade é uma oportunidade, referindo-se a possibilidade de a Guiné-Bissau se aproveitar dessa crise para recuperar o estatuto de celeiro de África Ocidental quanto a produção de arroz.
Disse que, as pessoas não estão a falar disso, porque politizaram as coisas que não têm nada a ver com política, e que o único sacrificado é o povo da Guiné-Bissau,
“Um saco de arroz está a ser comercializado à 24 mil, 27 mil e 28 mil francos CFA, quando o país na década de 60 era um dos exportadores de arroz.”, salientou Braima Camará.
Para o Coordenador do Madem G-15, se a Ucrânia é celeiro do mundo, a Guiné-Bissau também tem condições de ser celeiro da África.
Criticou que não se fala de projeto agrícola e há engenheiros agrónomos no país a andarem nas ruas, tendo questionado do porquê que não têm subsídios de isolamento para terem condições para ficarem nos campos agrícolas para aplicarem seus conhecimentos e competências para que o país possa produzir arroz em grande quantidade e começar a exportar.
“Temos solo fértil, água em abundância, uma país com menos de 2 milhões de habitantes e aceitamos entregar o nosso destino a monocultura da castanha de caju com ausência de uma política clara, duma política governativa na base de competência técnica para resolver os problemas da Guiné-Bissau.”, frisou Camará.
Braima camará pede aos actores políticos no sentindo de juntarem para resolverem o problema deste povo e arranjar soluções para os problemas da agricultura e dos camponeses.
“O Madem G-15 vai posicionar claramente em relação a situações que existem no país, quer da campanha de castanha de caju , quer a subida inexplicável do preço desproporcional desta medida unilateral que o Governo de Iniciativa Presidencial assumiu no mercado”, prometeu Braima Camará. ANG/MI/ÂC//SG