Greve na CMB/Sindicato de base ameaça bloquear todos serviços da institução na segunda fase da paralização
(ANG) – O porta-voz do Sindicato da Câmara Municipal de Bissau ameaça bloquear todos os serviços da instituição na segunda fase da greve, prevista para decorrer entre 11 e 15 deste mês, caso as suas exigências não forem atendidas.
Os trabalhos da edil de Bissau observam desde segunda-feira uma greve de cinco dias.
Em declarações à ANG, Baba Vieira disse que, em causa está o pagamento de salário, de segurança social e apresentação do dinheiro da quota que os trabalhadores descontam para o fundo do sindicato de base da Câmara Municipal de Bissau.
“Exigimos do patronato o pagamento de três meses de salários aos funcionários ativos, 19 meses de segurança social, e a apresentação do dinheiro da quota descontado diretamente aos trabalhadores para o sindicato, há mais de três meses mas que não sabemos do seu paradeiro, entre outros pontos”, informou.
O porta-voz do sindicato disse que estão em greve desde segunda-feira mas que até então não foram chamados pela direção da Câmara para negociação, apesar de o sindicato estar aberto para o efeito.
“Se chegarmos à segunda fase de paralização vamos bloquear todos os serviços da Câmara, aliás neste momento não há combrança nos mercados nacionais”,disse Baba Vieira, pedindo a intervenção dos responsáveis para solucionar problemas caso que se aconteça.
Pede aos vendedores para não pagarem senhas diárias da Câmara, por haver o risco de serem enganados por pessoas que podem se aproveitar da greve.
Instado a confirmar se não chegarem de sentar-se a mesa com a direção da CMB para se evitar a greve, disse que teveram um encontro negocial, sob a liderança do ministro da Administração Territorial e Poder Local, mas que não foi concluído, devido a queda do Governo determinada pelo Decreto presidencial ,na segunda-feira.
O Porta-voz do Sindicato de base da CMB critica a atitude da direção de proibir os trabalhadores de fazer pedido de empréstimo de dinheiro até ao ponto de alguns funcionários perderam vida, por falta de condições financeiras para suportar o tratamento médico e medicamentosa.
Disse que a Direção da Câmara está a contactar pessoas, com subsídio de três mil francos CFA, mas diz que não tem dinheiro para pagar os atrasados salariais e nem para ajudar os funcionários doentes.
Perguntado sobre a prestação do serviço mínimo no decurso da greve, disse que no momento, o serviço minimo não está a ser observado, porque o patronato não solicitou.
A ANG tentou ouvir a reação da Direção da CMB mas todas as entidades contactadas alegam ser inoportunas falar sobre essa greve.
Em consequência dessa greve os lixos estão a multiplicar-se nos mercados e algumas artérias de Bissau.ANG/LPG/ÂC//SG