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Libéria/ Segunda volta das presidenciais apertada entre Boakai e Weah

Libéria/ Segunda volta das presidenciais apertada entre Boakai e Weah

(ANG) – Os Liberianos começaram a votar esta terça-feira 14 de Novembro na segunda volta das eleições presidenciais, as primeiras que o país organiza de forma autónoma desde que a Missão das Nações Unidas se retirou pacificamente do país em 2018.

Um duelo político protagonizado por um veterano da política, Joseph Boakai, e um antigo craque do futebol internacional, George Weah.

Os liberianos são chamados às urnas para escolher entre o Presidente atual, George Weah, 57 anos, antigo jogador internacional de futebol e Joseph Boakai, antigo vice-presidente, função que exerceu durante 12 anos e que, com 78 anos de idade, poderá estar a viver a sua última candidatura política. 

Os dois candidatos já se enfrentaram em 2017, quando Weah venceu com 61% dos votos. Desta vez, na primeira volta, o atual Presidente foi o mais votado com uma margem de apenas 1 %.

Joseph Boakai ocupou várias funções no governo e na indústria petrolífera e promete “salvar o país”, um discurso que tem eco junto das populações mais frustradas e desiludidas com o atual sistema. A Libéria, pequeno país da África Ocidental, viveu anos de guerra civil, até 2003, e conheceu a epidemia de ébola entre 2014 e 2016, dificultando a situação económica de uma população em que uma em cada cinco pessoas vive com menos de 3 dólares por dia, segundo o Banco Mundial. 

Quanto a George Weah, o atual Presidente, ex-jogador de futebol, tendo passado pelo Paris Saint-Germain e pelo AC Milan eúnico jogador africano que obteve o título de Bola de Ouro (a mais prestigiosa recompensa individual no futebol) é, segundo as estatísticas, o candidato favorito e alcançou 7.000 votos a mais do que o seu rival na primeira volta, a 10 de Outubro de 2023.

Nascido na periferia pobre da capital Monróvia, George Weah beneficia da imagem de um político popular e pacífico num país que sofreu guerras civis entre 1989 e 2003 e promete continuar as suas políticas de desenvolvimento de infraestruturas, sistema de saúde e gratuidade do ensino. 

Estas são as primeiras eleições presidenciais organizadas sem a intervenção de organismos internacionais, a Missão das Nações Unidas tendo-se retirado pacificamente do país em 2018, e o quarto escrutínio desde o fim da guerra civil em 2003. 

As mesas de voto estão abertas até às 18 horas locais e os resultados definitivos devem ser anunciados nos próximos 15 dias. Na primeira volta que decorreu no mês de Outubro, os observadores internacionais elogiaram o bom desenrolar do escrutínio, numa região que tem sofrido vários golpes de estado.  ANG/RFI

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