Médio oriente/Palestina seria o lugar mais perigoso do mundo para os jornalistas
(ANG) – Esta semana duas organizações de defesa dos jornalistas publicaram os seus relatórios quanto ao número de profissionais da comunicação social que perderam a vida este ano.
“Uma hecatombe”, segundo a RSF, Repórteres sem fronteiras, enquanto a Federação internacional dos jornalistas denuncia “um massacre'”.
“As forças armadas israelitas são responsáveis pela morte” de 18 jornalistas este ano, 16 em Gaza e dois no Líbano, de acordo com o relatório de hoje da RSF.
É um terço do número de jornalistas que perderam a vida no exercício da sua profissão em 2024, num total de 54 até ao passado dia 1.
Por seu lado a Federação internacional de jornalistas, em números desta terça-feira, estima que mais da metade dos jornalistas abatidos neste ano se encontravam na faixa de Gaza, 55 num total de 104.
O porta-voz do governo israelita, David Mencer, ouvido pela agência AFP, afirmou rejeitar estes dados, estimando que eles não estariam correctos.
“Sabemos que a maior parte dos jornalistas em Gaza trabalham, provavelmente, sob os auspícios do Hamas e enquanto esse movimento não for destruído eles não terão autorização para informar livremente“, acrescentou o governante.
As disparidades de cálculo entre os dois organismos explica as cifras diferentes de um e de outro.
A RSF apresentou queixa junto do Tribunal penal internacional por crimes de guerra cometidos contra os jornalistas pelo exército israelita.
A Palestina seria o lugar do mundo mais perigoso para os jornalistas, deplora, ainda a RSF.ANG/RFI