Presidente da República diz que está no Palácio por sufrágio e que sairá pela mesma via
(ANG) – O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, disse, no domingo, que está no Palácio por sufrágio e que sairá pela mesma via.
Embaló que falava à imprensa após uma visita às instalações do Comando da Guarda Nacional e Estado-maior General das Forças Armadas, disse que depois da “tentativa de golpe de Estado”, ele, enquanto Comandante Supremo das Forças Armadas e Presidente da República decidiu visitar o local onde aconteceu o tiroteio.
O chefe de Estado afirmou que, o que aconteceu no passado dia 01 de Dezembro, para além de elementos da Guarda Nacional, teve envolvimento de alguns políticos que são atores morais e financiadores do ato.
O chefe de Estado disse que visitou igualmente o Estado-maior General das Forças Armadas para receber mais informações nas mãos do seu vice, na ausência do Chefe de Estado-maior das Forças Armadas, Biaguê Nantan.
Disse que, desta vez, tudo tem que ser esclarecido a olho nú, para que todos saibam o que realmente aconteceu, frisando que existem especialistas em vitimização e que hão-de ser extinguidos.
“Quem quer ser político tem que despir a farda e se um político quer ser Presidente tem que ir as urnas. Há automóveis apreendidos e pessoas detidas que já estão a prestar depoimentos”, revelou.
Exortou as mães para aconselharem seus filhos a ficarem em casa quando lhes solicitaram para “criar desordem”, referindo-se que alguns cidadãos guineenses estão em Portugal e fazem apelos para protestos de rua.
Questionado sobre a designação de novo Comandante da Guarda Nacional até segunda ordem, Sissoco Embaló respondeu que é para prevenção e defesa.
Acusou que, os acontecimentos de 01 de Dezembro é uma “tentativa de golpe de Estado bem preparado”, e que os “Serviços de Informação e Segurança do Estado sabia de tudo e estava a espera que fossem realizados.
Acrescentou que estes serviços estão agora bem equipados, desde escuta telefónica até ao WhatsApp para gravar as conversas das pessoas suspeitas.
Disse que a comissão de inquérito sobre o caso 01 de Dezembro a ser criada,vai dar início aos seus trabalhos a partir desta segunda-feira, e que vai entregar o resultado dos seus depois entregar o resultado ao Tribunal Militar com toda a transparência para convencer e mostrar as provas do envolvimento das pessoas no ato.
Na madrugada e na manhã de sexta-feira, 01 de Dezembro, o batalhão da guarda presidencial e a Polícia Militar atacaram o comando da Guarda Nacional para retirar o ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro.
Os dois governantes foram para lá levados pela Guarda Nacional que os retirou das celas da Polícia Judiciária, onde estavam em prisão preventiva por ordens do Ministério Público que os investiga no âmbito de um processo de pagamento de dívidas a 11 empresas.
Do ataque ao quartel da Guarda Nacional resultaram dois mortos, a retirada dos dois governantes, que foram novamente conduzidos às celas da PJ e ainda a detenção do comandante da corporação, coronel Vítor Tchongo, e mais alguns elementos.ANG/JD/AC//SG