
RDC/ Burundi e Ruanda trocam acusações quanto a guerra no Kivu

(ANG) – Na República democrática do Congo as províncias do Norte, mas também do Sul Kivu são palco de uma ofensiva do movimento rebelde M23, com o apoio do Ruanda.
A diplomacia mobiliza-se, mas por ora sem ter conseguido estancar o avanço dos rebeldes. Enquanto isso os vizinhos Burundi e Ruanda trocam acusações.
No terreno Goma, principal cidade do Norte Kivu, estaria, em larga escala sob controlo do M23.
Porém o ministro da comunicação da RDC, Patrick Muyaya, em declarações ao canal TV5 Monde, alega que são as tropas ruandesas que estiveram na dianteira na ofensiva contra a localidade.
Há uma grande parte da cidade de Goma que caíu, mas os efectivos que operaram pertenciam ao exército ruandês.
Enquanto isso o presidente do Burundi, Evariste Ndayishimiye, alertou sobre os riscos para a região do conflito, acusando o Ruanda de estar a tramar algo contra o seu país.
Alain Mukuralinda, porta-voz do governo ruandês, desmente e acusa o Burundi de estar já no terreno, ao lado das tropas da RDC, mas também de grupos de auto-defesa Wazalendos e do FDLR, grupo armado ruandês na RDC de defesa de interesses hutus.
O presidente do Burundi esquece-se de dizer que já está a participar na guerra, ao lado do exército da RDC, de grupos Wazalendos e da FDLR. O Burundi já está sem guerra. São sempre acusações sem provas nem fundamento. O Ruanda deverá defender-se se necessário. Mas o Ruanda não atacou ninguém.
O Ruanda admite apenas operações defensiva junto às suas fronteiras, mas alega estar de acordo numa cimeira conjunta das comunidades da África austral, SADC, e da África oriental, EAC.ANG/RFI