Rússia/Cidadã russo-americana julgada por traição por financiar Ucrânia
(ANG) – Uma cidadã russo-americana está a ser julgada hoje, na Rússia, por alegada alta traição, acusada de ter dado dinheiro a um grupo de apoio à Ucrânia, numa nova ilustração da repressão no país, segundo a Lusa.
“De acordo com os investigadores, desde Fevereiro de 2022, (Knesia) Karelina tomou a iniciativa de transferir fundos para uma organização ucraniana, que foram depois utilizados para comprar meios médicos tácticos, equipamento, armas e munições para as forças armadas ucranianas”, afirmou o tribunal de Ecaterimburgo no seu canal Telegram.
A mulher de 32 anos, que vivia na Califórnia, deslocou-se à Rússia no início deste ano para visitar a família.
Em Fevereiro, os Serviços de Segurança Russos (FSB) anunciaram que tinha sido detida por traição, um crime punível com até 20 anos de prisão.
De acordo com os meios de comunicação social russos, a mulher tinha transferido cerca de 50 dólares (1 USD equivale Kz 853.00) para uma organização pró-ucraniana nos primeiros dias do ataque do Kremlin (presidência) à Ucrânia, em Fevereiro de 2022.
A Rússia processou milhares de russos que se opunham à ofensiva do Presidente Vladimir Putin contra a Ucrânia, e muitos foram presos.
Para além disso, as autoridades russas prenderam cidadãos de vários países ocidentais.
A 26 de Junho, terá início também em Ecaterinburgo o julgamento do jornalista americano Evan Gershkovich, que poderá ser condenado a 20 anos de prisão por “espionagem”.
Foi detido a meio de uma reportagem em Março de 2023.
A Rússia nunca fundamentou as acusações contra o jornalista, que as rejeita, tal como o seu empregador, o Wall Street Journal, os seus familiares e as autoridades americanas.
Estão em curso conversações com vista a uma troca, com a Rússia a procurar a libertação de um homem condenado na Alemanha por ter cometido um assassinato em nome de Moscovo. ANG/Angop