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SINAPROF entrega caderno reivindicativo ao novo governo  

SINAPROF entrega caderno reivindicativo ao novo governo  

(ANG) – O Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF) entregou esta quarta-feira, um caderno reivindicativo ao Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, exigindo resolução dos problemas que afetam o setor.

No caderno reivinticativo consta 22 pontos, entre os quais o pagamento de dívidas aos professores de 2003, um ano de salários aos professores contratados, a efetivação dos professores com direito à efetivação, a colocação imediata dos professores e a aplicação na íntegra do Estatuto da Carreira Docente.

Em declarações aos jornalistas, à saída da entrega formal do caderno reivindicativo, o presidente do Sindicato Nacional dos Professores, Domingos Carvalho, disse  que querem que o novo ministro da educação esteja ciente da atual situação do setor de ensino guineense.

Segundo o sindicalista, as cargas horárias devem começar a ser pagas e criticou o antigo primeiro-ministro, Nuno Gomes Na Bian, de ter “menosprezado e gozado” com a vida dos professores,relativamente aos quinhentos milhões de francos CFA que diz serem disponibilizados para o pagamento de dois meses de da carga horária, tendo questionado o paradeiro do dinheiro.

O responsável da organização sindical denunciou que cinquenta e nove mil e quatrocentas e setenta e duas crianças, de pré-escolar ao décimo segundo ano de escolaridade ficaram sem professores no ano letivo 2021/2022. 

Domingos de Carvalho disse que o sindicato já esgotou todos os mecanismos e que “já basta. É suficiente todo o benefício de dúvidas dado até ao momento aos sucessivos governos”, tendo apelado a todos os professores a prepararem-se para o próximo mês de janeiro.

Disse que se a situação não for resolvida até à segunda semana de janeiro de 2024 serão obrigados a entregar um pré-aviso de greve.

“Temos ponderado no passado com os sucessivos governos de não ir à greve, mas já não há como fazer por isso entregamos um caderno reivindicativo e caso não seja resolvida a situação logo na primeira e segunda semana de janeiro entregaremos um pré-aviso de greve”, disse.     

Em relação à situação dos professores retirados do sistema, Domingos Carvalho afirmou que nenhum professor novo foi retirado do sistema, através do despacho do então primeiro-ministro, a menos que tenha viajado para estrangeiro ou para estudar.  

“Se o pré-aviso entrar em vigor, será fácil travar as paralisações. As pessoas devem assumir as suas responsabilidades”,disse.ANG/MI/ÂC

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