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UEMOA/FMI aponta Guiné-Bissau como  país com dívidas mais arriscadas na organização

UEMOA/FMI aponta Guiné-Bissau como  país com dívidas mais arriscadas na organização

(ANG) – O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou aos países da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) sobre a  vulnerabilidade do sistema bancário face à incumprimentos soberanos, apontando a Guiné-Bissau como a que apresenta a  dívida mais arriscada.

Segundo a Lusa, a alerta foi feita através de um relatório do FMI sobre a resiliência dos bancos da UEMOA.

De acordo com relatório, o perfil de dívida da Guiné-Bissau  (único país lusófono no grupo de oito países da UEMOA), é o mais arriscado, de acordo com a Análise da Sustentabilidade da Dívida (DSA, na sigla em inglês), que é conduzida em conjunto pelo Banco Mundial e  FMI para avaliar a capacidade de um país suportar os seus compromissos financeiros.

“Quase 50 bancos, entre os 100 analisados neste cenário, não teriam almofadas de capital suficiente para lidar com um ‘default’ da Costa do Marfim sobre os empréstimos de curto prazo, no mercado financeiro da UEMOA”, lê-se no relatório assinado pelo economista Knarik Ayvazyan.

O mesmo documento aponta que, no caso da Guiné-Bissau, o número de sem capital para sustentar um incumprimento financeiro, seria de seis, que compara com 16 no Níger, 13 no Mali e  Burkina Faso e nove no Benim.

“O risco geral de sustentabilidade da dívida é elevado na Guiné-Bissau, enquanto outros países membros da região enfrentam um risco médio”, escreve o economista Knarik Ayvazyan, notando que Benim, Costa do Marfim e Senegal “geralmente têm acesso aos mercados financeiros internacionais”.

A dívida da Guiné-Bissau, de acordo com a mais recente análise do FMI, feita na semana passada, está nos 80,2% do Produto Interno Bruto (PIB), acima da média da África subsaariana, de cerca de 60%.

“Implementar uma estratégia de consolidação orçamental de sucesso é fundamental para reduzir as vulnerabilidades e fazer descer os elevados níveis de dívida pública”, disse o diretor adjunto do FMI, Bo Li, no comunicado que dá conta da aprovação da quarta e quinta revisões do programa de ajustamento financeiro em curso na Guiné-Bissau.

A UEMOA é a união económica regional, criada em 1994, que tem como membros oitos países : Benim, Burkina Faso, Costa de Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo.  ANG/AALS/ÂC//SG

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