Caju/Presidente da ANAG considera de “aceitável“ preço de 300 francos CFA por quilograma junto ao produtor
(ANG) – O presidente da Associação Nacional dos Agricultores Guineense (ANAG), Jaime Boles Gomes, diz que é aceitável o preço base de 300fcfa, o quilo, anunciado pelo Executivo para a compra da castanha de caju este ano junto ao produtor.
Em declarações ao O Democrata, Boles disse contudo que pode haver mais procura da castanha guineense, o que poderá provocar a subida do preço, se houver estabilidade política e governativa na Guiné-Bissau.
“O preço base fixado é aceitável, mas para nós o mais importante é o cumprimento do preço base, para que não seja violado, comprando a castanha a um preço inferior. Em 2023, o preço era de 375 fcfa. Um preço muito superior ao que foi anunciado para este ano, mas no ano passado o preço fixado não foi cumprido e o caju foi comprado no valor de 150 francos cfa, o que foi muito negativo para os lavradores”, disse o presidente da ANAG.
Acrescentou que o preço da castanha do caju pode aumentar, mas que tudo dependeria da estabilidade política e governativa. “Um investidor não colocará o seu dinheiro onde há fogo”, disse.
O governo anunciou, em comunicado, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministro, realizada sexta-feira(23) que o preço de referência da castanha do caju por quilograma é de 300 francos cfa, tendo decidido ainda que a base tributária é fixada em 800 dólares por tonelada e anunciou o dia 15 de Março próximo, como data de abertura oficial da campanha de comercialização e exportação da castanha de cajú para este ano.
O caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau e representa quase 90 por cento dos produtos exportados.
A Guiné-Bissau exportou, em 2023, 170 mil toneladas da castanha de caju que saíram oficialmente do Porto de Bissau, uma quantidade inferior à do 2022, embora a previsão de exportação fosse de 225 mil toneladas.ANG/ODemocrata