Política/Presidente do partido MSD considera cerco ao Palácio da Justiça de “fracasso” das Forças Armadas
(ANG)– O presidente do partido Movimento Social Democratico(MSD), diz hoje que a invasão do Palácio de Justiça por homens armados não identificados, na semana passada, mostra o fracasso das Forças Armadas da Guiné-Bissau.
Joana Cobdé Nhanca proferiu estas afirmações numa conferência de imprensa sobre situação politica e social do país nos últimos dias.
Aquela dirigente político, disse que um dia alguém pode entrar na Guiné-Bissau e fazer refém toda a população.
Cobdé Nhanca considerou o ato de “fracasso nacional”, inclusive de militares, enquanto garante da estabilidade, frisando que enquanto a lei não começar a ser cumprida no país, não haverá avanços .
“Nós do MSD condenamos com todas as letras a tentativa de banalizar o poder judicial que é o pulmão do país e condenamos igualmente os seus atores bem como os mandantes”, salientou.
Joana Nhanca diz ser lamentável que uma instituição do Estado tenha sido atacada, cercada e os funcionários impedidos de entrar, e as autoridades, começando pelo Governo, o Estado-maior General das Forças Armadas, a Presidência da República, Polícias , todos não sabem o que se passou.
Nhanca pede a alguns partidos político , que não identifica,para deixarem de fazer de porta-voz do Presidente da República para se dedicar a uma oposição responsável sem interesses obscuros.
Pede ponderação de atores políticos e defende que se deve permitir ao Governo trabalhar. “A campanha eleitoral terminou, o voto do povo não deve ser ignorado”, disse
A líder do MSD, pediu a Comunidade Internacional para ajudar a Guiné-Bissau uma vez que o vento que está a soprar nos últimos dias não parece ser nada bom.
Homens armados e encapuzados invadiram durante alguns dias a sede do Supremo Trinbunal de Justiça, na sequência de uma disputa interna que envolveu o Presidente da instituição, José Pedro Sambú e o vice-presidente, Lima António André.
Pedro Sambú renunciou ao cargo dizendo que não tem condições, nem morais nem física para continuar a exercer, na medida em que foi igualmente invadido a sua residência e ele impedido de sair de casa para o serviço, por outro grupo de homens armados.
A invasão da sede do STJ e da residência de José Pedro Sambú terminou na terça-feira.
Em causa está uma alegada tentativa de reconfirmação pelo Conselho Superior da Maguistratura da decisão de suspender José Pedro Sambú das suas funções, à revelia de um despacho produzido por este, segundo o qual a decisão de sua suspensao é ilegal.ANG/MSC/ÂC//SG