Presidente do PUN sugere promoção de debate nacional para solução da crise política prevalecente no país
(ANG) – O Presidente do Partido para Unidade Nacional (PUN) sugeriu esta sexta-feira a promoção de um debate nacional para se encontrar soluções para a crise política vigente no país.
Idriça Djaló apresentou a sua sugestão numa conferência de imprensa, em que afirmou que os sucessivos governos do país tiveram como único objetivo, satisfazer o desejo de dois por cento da população, nomeadamente dos funcionários, políticos e dos militares, que vivem do Orçamento Geral do Estado.
Diz que a maioria da população, principalmente os camposes vive dos seus trabalhos, razão pela qual o país se tornou dependente da campanha de caju, que condiciona a segurança alimentar dos guineenses, e que depende da boa ou má campanha, para ter benefícios ou fome.
“ É urgente que todos os responsáveis políticos, do mais pequeno até ao Chefe de Estado, tenham a consciência de que não trouxeram nada de bom para a população. É necessário termos a consciência nacional para que a presente campanha seja bem sucedida para todos, depois de dois anos de má campanha,”disse.
Djaló criticou que sucessivas crises ocorreram porque nunca houve responsabilização das pessoas por crimes cometidos, e diz que “a justiça está sempre ausente”.
Sem apontar ninguém, faz acusação de que se está a roubar do erário público para compra de mansões e apartamentos de luxos na Europa, a ostentar vida de luxo à custa do povo, mas que todos calaram como se nada estivesse a acontecer.
Disse estar satisfeito por políticos a falarem da subversão e corrupção, e que,para ele, tudo isso representa um “grande passo dado”, mas diz que, o que deve ser discutido é o desfuncionamento do sistema, desde golpes de Estado palaciano, passando por corrupção, desfuncionamento da justiça, politização da Administração Pública e instrumentalização das forças de defesa e segurança.
O líder do PUN defende a criação de um quadro onde os culpados serão responsabilizados desde o primeiro político até ao Presidente da República, mas sem violência, ao invéz de se estar,segundo diz, “a inventar desculpas falaciosas para criar problemas para o país”.
“ Os que outrora foram autores da subversão é que estão agora a dar lição da democracia. São os que roubaram bilhões no erário, compraram votos e corromperam o povo. Que moral estes têm de falar ao público” ,questiona sem indicar a quem se refere ou a que pessoas se refere. ANG/JD//SG