Coligação PAI Terra Ranka admite possibilidades de realização de marcha nos bairros de Bissau contra atual regime
(ANG) – O porta-voz da Coligação PAI /Terra Ranka, Muniro Conté admitiu as possibilidades de realização de marchas nos bairros da capital Bissau para exigir a reposição da Ordem Constitucional na Guiné-Bissau ou seja a reabertura do parlamento e retoma do governo sufragados na urna.
A nova estratégia de protestos foi tornada pública hoje, em conferência de imprensa, organizada pela Coligação para falar da atual situação politica do país e da marcha prevista para o passado dia 08 do corrente mês, mas que foi impedida pelas forças policias com recurso ao uso de granadas de gás lacrimogéneo contra manisfestantes e colocação de viaturas ante manifestação nas artérias da capital.
A conferência de imprensa foi realizada na Sede Partido Africano da Independencia da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), e Muniro Conté reiterou a condenação ao Presidente da República e aos partidos aliados pelo “ato ilegal e anti-constitucional de dissolução e bloqueio do parlamento e consequente derrube do governo”.
Exortou a Comunidade Internacional a intervir junto da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), para o cumprimento imediato e incondicional das resoluções saídas na 64ª Cimeira dos Chefes de Estado e do Governo da organização sub regional que recomendou a reabertura da ANP e reposição do governo da XIª legislatura.
Conté pede à diferentes franjas populacionais solidárias as iniciativas reivindicativas da coligação para se manterem firmes e fiéis aos valores democráticos, participando nas próximas ações que visem a reposição e o respeito a normalidade constitucional no país.
Muniro Conté crticou o impedimento “brutal” da marcha pelas forças policias, com espancamentos e detenções, sem avançar com números das pessoas detidas, e uso de granadas de gás lacrimogéneo até na Sede das Nações Unidas, em Bissau.
Acusou o Presidente da República de se associar à estratégia dos partidos aliados para dissolver o parlamento e subsequentemente derrubar o governo da Coligação PAI /Terra Ranka.
Instado a falar das deligências que a liderança da Coligação está a fazer para a libertação dos cidadãos detidas, na sequência da marcha, disse que já constituiram um advogado que vai entrar com o processo de “Habeas Corpus” para a libertação dos mesmos.
Em relação as exigências feitas por João Bernardo Vieira, segundo as quais o atual lider do PAIGC Domingos Simões Pereira deveria apresentar a sua demissão, Muniro Conté defende a continuidade de Simões Pereira na liderança do partido até a realização do Congresso, porque ganhou todas as recentes três eleições legislativas realizadas no país.
ANG/LPG/ÂC//SG